sábado, 14 de novembro de 2015

Do co-sleeping

Nunca pensei fazer co-sleeping com a minha bebé mas a verdade é que tem inúmeras vantagens. Rendi-me e tinha de fazer um post sobre isso.

O co-sleeping não é apenas dormir com um bebé ou uma criança na mesma cama. O conceito abrange também a partilha do mesmo quarto. À partilha de cama chama-se bed-sharing.

No nosso país é costume os bebés ficarem no quarto dos pais nos primeiros meses, dormindo num berço junto à cama. Este tipo de co-sleeping é muito aconselhado já que tem vantagens como:
- reduzir a percentagem de SMSL (Síndrome de Morte Súbita do Lactente)
- é prático para as mães que amamentam já que tem o bebé mesmo ao lado da cama.

Existem campanhas que mostram o co-sleeping (vertente bed-sharing) como sendo perigoso. No entanto, pediatras como o Dr. Sears defendem e explicam as vantagens do co-sleeping:
- culturas que praticam tradicionalmente o co-sleeping têm as mais baixas taxas de SMSL.
- uma pesquisa feita pelo Dr. James Mckenna mostrou que mães e bebés que dormem em proximidade gozam de padrões de sono protetores semelhantes. A mãe que faz co-sleeping está tipicamente mais sensível a perturbações no bem estar do bebé.
- bebés que dormem junto às mães têm o chamado "despertar protetor", um estado de sono que permite que despertem com mais facilidade se sentirem que algo não está bem (como pararem de respirar).
- torna a amamentação mais fácil, o que por sua vez tem muitos benefícios, tanto para a saúde da mãe como do bebé.
- há um número muito maior de mortes em berços, que não respeitam as normas de segurança, do que na cama dos pais.
- tragédias ocorridas devido ao co-sleeping deveram-se a práticas perigosas.
- bebés ou crianças que praticam co-sleeping choram menos durante a noite. Bebés que dormem sozinhos acordam mais vezes sobressaltados e choram 4 vezes mais tempo. Isto leva a um pico de cortisol, que pode interferir com o sono reparador.
- crianças que dormem em proximidade com os pais têm temperatura e ritmos cardíacos mais estáveis e respiração com menos pausas. O co-sleeping é fisiologicamente mais seguro para o bebé.
- a partilha de cama com o bebé não aumenta o risco de SMSL, a menos que a mãe seja fumadora ou abuse do álcool.

O co-sleeping é recomendado até, pelo menos, aos 6 meses.

Regras de segurança no co-sleeping:
- o colchão não pode ser muito mole.
- nao ter edredon, cobertores ou lençóis muito fofos ou muitas almofadas fofas (podem sufocar o bebé).
- cama sem locais por onde o bebé possa rebolar e cair.
- não fumar no quarto (a regra devia ser não fumar de todo).
- não fazer co-sleeping se a mãe está sob efeito de soníferos ou substâncias que toldam a percepção da presença do bebé.
- não dormir com o bebé em sofás, puffs, ou em locais onde o bebé possa cair ou sufocar.
- não dormir entre os pais mas sim junto à mãe, a não ser que o bebé durma numa alcofa entre os dois.

Neste momento a Laurinha dorme com o berço em side-car. É uma ótima opção (ter em conta que o berço não se pode mover para que não haja um espaço por onde o bebé caia).

Informação recolhida na net no site One Heart Full of Love.
Imagem do Pinterest.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Das histórias infantis

Sempre adorei ouvir contar histórias.
A minha mãe diz que, de tanto ler, já sabia as histórias dos meus livros da Anita de cor e que às tantas já nem os lia. Contava a história e folheava o livro.
Eu adorava as histórias do Capuchinho Vermelho, dos Três Porquinhos, da Carochinha, da Princesa e a Ervilha... Ainda adoro!
Encontrei na net esta versão da História da Carochinha e acho simplesmente deliciosa. É a que costumo contar à Laurinha.
Tinha de partilhar com vocês. Espero que gostem.

História da Carochinha
Era uma vez
Uma linda carochinha
Que encontrou cinco tostões
Quando varria a cozinha.

Comprou fitas p’ró cabelo
E foi pôr-se à janela
Para ver se encontrava
Quem quisesse casar com ela.

Primeiro chegou o cão
Com ar muito convencido
Mas a carochinha disse:
- Não te quero para marido.

Depois foi a vez do gato
Que estava sempre a miar
A carochinha respondeu:
- Contigo não vou casar.

A carochinha continuava
Com a sua voz meiguinha:
- Quem quer casar comigo
que sou formosa e boazinha?

Chegou então o cavalo
Que se pôs a relinchar
A carochinha, zangada
Mandou-o logo passear.

Depois veio o senhor galo
Muito gentil e cavalheiro
Mas a carochinha disse:
- Ficas melhor no galinheiro.

A carochinha já estava
A ficar impaciente
Mas continuou à janela
À espera de um pretendente.

Veio ainda o senhor porco
Todo contente e janota
A carochinha disse logo:
- Não quero comer bolota.

- Além disso cheiras mal.
Disse ela toda exaltada
- Não posso casar contigo
porque sou muito asseada.

Passou depois um burro
Que ao pé dela zurrou
A carochinha assustou-se
E ali mesmo desmaiou.

Para além do senhor carneiro
Também o boi ali passou
Mas a carochinha, teimosa,
Todos eles recusou.

Já estava a ficar triste
A nossa linda carochinha
Já pensava em desistir
E voltar para a cozinha.

Apareceu então um rato
Pequeno mas jeitozinho
Que deixou a Carochinha
Logo presa pelo beicinho.

A carochinha sorriu
Ele estendeu-lhe a mão
- Deixe-me apresentar,
Chamo-me João Ratão.

Deram um grande beijo
E começaram a namorar
Até que um dia decidiram:
- Está na hora de casar!

Foram então bem juntinhos
Os amigos convidar
E logo uma grande festa
Começaram a preparar.

A Carochinha de vestido branco
E de lindo véu na cabeça
O João Ratão de fato novo
Estavam os dois uma beleza.

Já estavam quase a chegar
À igreja p'ró casamento
Quando diz o João Ratão
- Espera aqui só um momento.

- Deixei as luvas em casa,
ficaram em cima da mesa.
Afinal o que ele queria
Era cheirar a sobremesa.

Antes da sobremesa
Decidiu espreitar o feijão
Mas nesse exacto momento
Deu um grande trambolhão.

Caiu dentro da panela
E ficou lá a gritar
A carochinha na igreja
Já não sabia o que pensar.

Decidiu voltar a casa
Para saber o sucedido
João Ratão já não gritava
Estava mais do que cozido.

Chorou então a Carochinha
E o povo todo, comovido,
- Mas que triste sorte a minha
que já não tenho marido.

Desta simples história
Fique a seguinte lição
Ninguém seja tão guloso
Como era o João Ratão.

Escrita por Lília Mata e Carolina Pinto - www.junior.te.pt

sábado, 7 de novembro de 2015

Da falta de tempo

Se há coisa para a qual não estamos minimamente preparadas, quando somos mães, é para a falta de tempo (e de sono, mas isso dava outro post). Podemos achar que estamos preparadas, mas não estamos.
Principalmente quando se tem um bebé como a minha filha que, desde que nasceu, mal dorme de dia. Sestas curtas, um pouco maiores se dormir ao colo. Uma de manhã e outra à tarde.
Ainda mais se for um bebé amamentado em livre demanda. Na barriga havia alimentação permanente, sem ter sequer que pedir, através do cordão umbilical. Cá fora pode passar a solicitar maminha em (quase) permanência. Nada que não seja normal, e é o melhor para o bebé.
Ficamos sem tempo para fazer o básico, como comer, dormir, tomar um banho decente ou fazer um xixi e, muito menos, para cozinhar. Principalmente quando ficamos sozinhas em casa com um recém nascido.
A mim valeu-me a minha mãe que ficou em nossa casa na primeira semana depois de sairmos do hospital (ela mora a 300km) e a comida já preparada que o meu marido me deixava depois desse tempo.
Agora, 4 meses depois de a Laurinha nascer, rendi-me à Bimby para me ajudar a fazer pratos menos básicos. Vale pelo tempo que não fico presa ao fogão já que a bebé não aguenta muitoooo tempo na espreguiçadeira. E pelo facto de conseguir fazer outras coisas enquanto a dona Bimby cozinha.
Hoje para o almoço saiu uma quiche e, diga-se de passagem, estava bem boa :)
Também vai dar jeito para preparar as sopinhas da bebé, mas para isso ainda faltam dois meses ;)

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Da gravidez

Enquanto eu estava grávida falei imenso com uma amiga, também grávida e com mais tempo de gestação, e fui recebendo imensas dicas sobre gravidez e preparação para o parto e parentalidade (obrigada Raquel!). Isto para além da formação no Centro de Saúde onde fui seguida, de tudo o que pesquisei, que li porque sentia falta de preparação para os desafios de uma gravidez e de como cuidar de um recém nascido. Foi a forma que encontrei para me sentir confiante no meu novo papel de mãe.Agora que a minha filha nasceu, tenho dado o mesmo apoio às minhas amigas grávidas e recém-mamãs.
Até que um destes dias, em conversa via Facebook, a minha amiga Célia me disse: "devias era dar uma formação!".
Não é uma formação que pretendo dar nem tenho habilitações para tal, apenas a minha (ainda) curta experiência, mas com certeza que muitos dos posts deste blog terão como objetivo ajudar as mummy-to-be, tal como me ajudaram a mim. Se ajudar uma pessoa que seja, já valeu a pena.
Primeira dica. Algo que deveria fazer parte do kit básico para futuras mães: o livro Os Bebés Também Querem Dormir, da Constança Cordeiro Ferreira. O livro não pretende treinar bebés. O livro pretende acalmar os pais, aproximar os pais dos bebés para que se conheçam melhor e encontrem o seu ritmo. Pretende que os pais ganhem confiança em si. Porque afinal, do ponto de vista biológico, o normal não é um bebé que dorme a noite inteira. Saber que não estamos sozinhas traz serenidade.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Oh não... Mais um mummy blog!

É verdade, mais um.
Blogues de mães sobre maternidade, bebés e toda a parafernália que isso envolve, é o que não falta por essa blogosfera fora. Este é mais um, ou não, já que para mim será sempre especial. É sobre mim, sobre as minhas descobertas como mãe, sobre as minhas vivências.
A minha filha existe porque duas pessoas se conheceram e se apaixonaram através dos respetivos blogues. Passeram seis anos e aqui estamos nós. Casados e com a nossa princesa (mais uma princesa crescida que ganhei com este amor). Faz todo o sentido que surja agora este blog, sobre esta nova fase.
O blog chama-se Little Miss Bow porque eu adoro laços e a bebé sai quase sempre de casa com um laço no cabelo. Sim, ela nasceu com muitoooo cabelo. Sobre a minha rendição à pirosice... É tema para outro post :)
Sejam bem vindos a este cantinho!